Já comentei aqui sobre os rumos da vida online e, mesmo pra quem não deu bola, vale acompanhar este post. Não por prepotência, que disso eu nem entendo, mas porque se trata de um ótimo exemplo do bom uso das redes e contatos sociais.
Durante a semana passada, sentadinha na frente do meu lindo companheiro de escritas, li uma matéria compartilhada pela musa Lili Ferrari que, indignada, perguntava se existia a possibilidade de fazer alguma coisa. A matéria falava sobre uma menina, menina de tudo, que foi atingida pela reintegração de posses e só queria ter certeza de ir à escola no dia seguinte. Coisa linda, dessas que a gente tem que fazer alguma coisa de fato.
E então em menos de uma hora havia um tanto de pessoas se comprometendo com a causa da Júlia, a menina que quer estudar, e no mesmo dia foi feita uma vaquinha pra arrecadar dinheiro e, quem sabe, dar uma casa pra família dela, viabilizada por meio de ONGs e coisa e tal. Daí que bateu um orgulho imenso, uma alegria verdadeira por ter feito parte disso, deste engajamento online que brilhou na vida real, porque eu acredito no uso das ferramentas justamente pra isso – transpor barreiras, fazer e acontecer propagando o bem por aí.
A Ceci Lima escreveu sobre isso no blog dela, e eu concordo: é muito lindo quando pessoas que têm compromissos, filhos, agendas de trabalho, estão com problemas de grana e não têm tempo pra nada param um pouco de olhar só pro seu umbigo e compartilham, curtem e se mobilizam aqui, do lado de fora da telinha, pra fazer acontecer sem querer aparecer ou ter status. Faz porque quer o bem.
É uma honra ter escrito o texto que vem sendo usado para chamar as pessoas pra esta causa, é uma honra maior ainda saber que o valor todo foi arrecadado e, apesar dos enroscos com entidades de classe e as burocracias que envolvem este e tantos outros movimentos, é uma honra conhecer pessoas que se importam com o sonho de uma menina que quer ir pra escola.